Profissionais como Dj e músicos estão sem trabalhar há mais de um ano. Salões estão fechados para anversários, casamentos e demais tipos de festas. Enquanto isso, em várias partes da cidade, festas clandestinas acontecem nas barbas da Secretaria de Postura
No fim de semana, o jornal Notícia Urbana mostrou como ficou a Avenida Pelinca no Fla x Flu de sábado. A aglomeração naquela que é considerada um dos locais mais badalados de Campos teve início, na verdade, ainda na noite de sexta. Quem passava pelo local via a quantidade de pessoas na rua, bares lotados e festas com direito a desfiles em limosine.
Mas enga-se quem pensa que foi só a Avenida Pelinca que ostentou badalação. Em vários bairros da periferia de Campos, como o Novo Jóquei, Parque Aldeia, favela da Tira Gosto, centenas de pessoas se reuniram ao som do pancadão dos bailes funk.
Com a repercussão, vários profissionais do ramo de festas, que estão sem trabalhar há mais de um ano, entraram em contato com à redação do jornal NU. Eles querem que a prefeitura de Campos flexibilize, de uma vez por todas, a atividade na cidade. “Não pode jogar futebol, mas o que mais se vê são peladas por toda parte, inclusive com o secretário de Postura. Não pode reunir muita gente em estabelecimentos, mas o que se viu no sábado, durante o jogo do Flamengo e Fluminense, foi gente sem máscara e desrespeitando o distanciamento. Por que só nós que não podemos trabalhar?”, questiona um DJ que pediu não ser identificado.
A dona de um dos maiores salões de festas de Campos também está indignada. Sem abrir o local há 14 meses, ela calcula os prejuízos. “Só no ano passado, tomei um prejuízo de mais de 40 mil. Tive que demitor, mas já não sei mais o que fazer.O que se viu nesse fim de semana foi um absurdo. Antes, durante a campanha eleitoral, Wladimir foi coerente para pedir votos. Agora, eleito, ele tem demonstrado total falta de compromisso”, desabafou.
A reportagem do jornal Notícia Urbana entrou em contato com a assessoria da prefeitura e aguarda posicionamento.
